NICANOR TOLOSA ORTIZ nasceu em Paraibuna no dia 29 de novembro de 1896 e hoje comemoramos 124 anos do seu nascimento. Conhecido pelo pseudônimo "Rui Blaz". Fez seus estudos primários no Grupo Escolar "Dr. Cerqueira César", em sua terra natal; os secundários, no então educandário do Convento de Santa Clara, dos capuchinhos da Veneranda Ordem Terceira, em Taubaté; e os superiores na Escola Normal Secundária da Praça, pela qual se diplomou em 1912, tendo pertencido à turma noturna regida por José Feliciano. Frequentou, a seguir, a Faculdade de Direito de S. Paulo, colando grau em 1921. Cursou até o quarto ano a Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais da Universidade do Rio de Janeiro. Em Santos, onde se radicou, exerce a profissão de advogado, tendo sido lente de psicologia da Escola Normal Livre "José Bonifácio", do Ginásio Luso-Brasileiro e do Liceu Feminino Santista. Além das suas atividades jornalísticas e forenses, é professor de português da Escola Normal e da Escola de Comércio, instituições da Associação Instrutiva "José Bonifácio". Foi redator-secretário do "Jornal do Comércio". Diretor responsável da revista "Flama". Colabora em muitos jornais de S. Paulo e de Santos, entre eles "A Gazeta", de S. Paulo, e a "Tribuna", de Santos. Contista, romancista, historiador, poeta, professor, jornalista etc.
BIBLIOGRAFIA:
-"Primeiro olhar", contos;
-"Marília de Dirceu",
romance histórico;
-"Vila Rica", romance
histórico;
-"Vila Rica", in "O Bom
Ginasiano", por Máximo de Moura Santos e Francisco Lopes de Azevedo, I.ª
série, Rio, Alves, 1942, p. 78-80.
FIM DA VIDA
Alguma coisa existe, em
nossa despedida,
entre o outono que foi e
o inverno que vem vindo:
— uma vaga aflição, um
vário fim de lida,
— um mal que vai
chegando, um bem que vai saindo.
É o passo do caminho, a
estância da partida,
sem um raio de sol ou um
ramo florindo:
— há, em toda parte, um
tom de vida já vivida,
-- uma tarde que é
triste, um dia que foi lindo.
Fica a gente cismando, o
pensamento à toa,
um místico desejo, um
ímpeto indeciso
de morrer logo ali, quêdo,
mudo, de bruços.
Depois, de sonho em
sonho, o sonho se esboroa:
-- em baixo — triste
vida! — um último sorriso,
-- em cima – vida
triste! -- em primeiros soluços.
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PENSAMENTO:
"OS LIVROS PODEM SER DIVIDIDOS EM DOIS GRUPOS:
-AQUELES DO MOMENTO E
-AQUELES DE SEMPRE".
MARCEL PROUST
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