quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

FREDERICO JOSÉ CARDOSO DE ARAÚJO ABRANCHES e CARLOS ALBERTO DA COSTA NUNES e ANTONIO MARIANO ALBERTO DE OLIVEIRA

FREDERICO JOSÉ CARDOSO DE ARAÚJO ABRANCHES nasceu em Guaratinguetá a 20 de janeiro de 1841 e faleceu a 17 de setembro de 1903 em São Paulo aos 62 anos e hoje comemoramos 179 anos do seu nascimento. Feito o curso de preparatórios, matriculou-se na Faculdade de Direito de S. Paulo, recebendo, em 1864, o grau de bacharel. Em 1877, defendeu teses, obtendo o título de doutor. Disposto a seguir o magistério, inscreveu-se em concurso no ano de 1879. Em 1887, foi nomeado lente substituto e, em 1890, catedrático de direito romano. Jubilou-se em 1903. A 11 de janeiro de 1873, uma carta imperial o incumbia de presidir à província do Rio Grande do Norte. Recusou esse cargo, sendo, então, nomeado presidente do Paraná. Também não aceitou a presidência do Ceará, que lhe foi oferecida a 4 de abril de 1874. Em 1875-1876, governou a província do Maranhão. Senador à Constituinte paulista e deputado provincial em várias legislaturas. No Senado, elaborou o projeto de lei sabre a construção do Teatro Municipal. Foi o último presidente da Companhia de Estrada de Ferro S. Paulo-Rio de Janeiro, hoje Central do Brasil. Exercem, durante muitos anos, a provedoria da Santa Casa de Misericórdia de S. Paulo. Ao falecer, era presidente do Banco de S. Paulo, da Comissão Central do Partido Republicano Paulista. Mereceu, entre outras distinções, a cio hábito de Cristo e o oficialato da Ordem da Rosa, S. Paulo, 1892; "A propósito do plebiscito", S. Paulo. Redigiu "A Imprensa", "A Ordem", "O Constitucional". "A estrela Paulista" e "O Paraíba".
BIBLIOGRAFIA
"A conspiração paulista'' São Paulo 1892, A dissolução do Congresso Paulista, S. Paulo.

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ALBERTO DE OLIVEIRA (Antônio Mariano Alberto de Oliveira) nasceu em Palmital de Saquarema, RJ, em 28 de abril de 1857, e faleceu em Niterói, RJ, em 19 de janeiro de 1937 aos 80 anos e hoje registramos 85 anos da sua morte. Importante poeta,professor e farmacêutico. Era filho de José Mariano de Oliveira (?) e de Ana Mariano de Oliveira (?). Diplomou-se em Farmácia, em 1884, e cursou a Faculdade de Medicina até o terceiro ano, onde foi colega de Olavo Bilac, com quem, desde logo, estabeleceu as melhores relações pessoais e literárias. Alberto de Oliveira casou-se em 1889, em Petrópolis, com a viúva Maria da Glória Rebelo Moreira (?), de quem teve um filho, Artur de Oliveira. Com dezesseis irmãos, sendo nove homens e sete moças, todos com inclinações literárias, destacou-se Alberto de Oliveira como a mais completa personalidade artística entre eles. Ficou famosa a casa da Engenhoca, arrabalde de Niterói, onde residia, com os filhos, o casal Oliveira, e que era frequentada, na década de 1880, pelos mais ilustres escritores brasileiros, entre os quais Olavo Bilac, Raul Pompeia, Raimundo Correia, Aluísio e Artur Azevedo, Afonso Celso, Guimarães Passos, Luís Delfino, Filinto de Almeida, Rodrigo Otávio, Lúcio de Mendonça, Pardal Mallet e Valentim Magalhães. Nessas reuniões, só se conversava sobre arte e literatura. Sucediam-se os recitativos. Eram versos próprios dos presentes ou alheios: José Maria de Heredia (1842-1905), Charles Marie Rene Leconte de Lisle (1818-1894) e François Edouard Joachim Coppée (1842-1908), France eram os nomes tutelares, quando o Parnasianismo francês estava no auge. Entre 1893 e 1898, exerceu o cargo de diretor geral da Instrução Pública do Rio de Janeiro. Foi também professor de Português e de Literatura Brasileira no Colégio Pio-Americano e na Escola Normal. Foi um dos sócios fundadores da Academia Brasileira de Letras em 1897 cadeira 8 cujo patrono ele escolheu Claudio Manuel da Costa. A cadeira 8 é ocupada atualmente pela escritora Cleunice Berardinelli (1916). . Em 1924, já em pleno Modernismo e sob o impacto da Semana de Arte Moderna, o parnasiano Alberto de Oliveira foi eleito o “Príncipe dos Poetas”, no lugar deixado vago por Olavo Bilac.
BIBLIOGRAFIA
Canções românticas, 1878.
Meridionais, 1884.
Sonetos e poemas, 1885.
Versos e rimas, 1895.
Poesias, 1ª. Série, 1900.
Poesias, 2ª. Série, 1906.
Poesias, 2 vols., 1912.
Poesias, 3ª. Série, 1913.
Poesias, 4ª. Série, 1928.
Poesias escolhidas, 1933.
Póstumas, 1944.



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MEMORÁBILIA LITERÁRIA

CARLOS ALBERTO DA COSTA NUNES nasceu em São Luís do Maranhão no dia 19 de janeiro de 1897 e morreu em Sorocaba (SP) no dia 9 de outubro de 1990 aos 93 anos e hoje comemoramos 125 anos do seu nascimento. Importante médico, literato, poeta e tradutor brasileiro. Traduziu o teatro completo de Shakespeare, a Eneida de Virgílio, a Ilíada e a Odisseia de Homero e todos os diálogos de Platão. Era tio do filósofo Benedito Nunes (1929-2011), que coordenou a edição de suas traduções dos diálogos platônicos.Filho de José Tito da Costa Nunes (?) e Cândida Amélia da Costa Moura (?). Em 1920, formou-se pela Faculdade de Medicina da Bahia. Passou a residir no Estado de São Paulo, onde exerceu medicina no vilarejo de Bom Sucesso (hoje cidade de Paranapanema), em Angatuba, Tatuí, Santa Cruz do Rio Pardo, Fartura e Guaratinguetá, para, depois, definitivamente estabelecer-se na capital paulista, onde trabalhou até a aposentadoria no Instituto Médico Legal. Esse cargo de médico legista, obteve por concurso.

BIBLIOGRAFIA
Como autor
Os Brasileidas (1931, pela São Paulo Editora; 1938, pela Editora Elvino Pocai; 1962, pela Edições Melhoramentos)
Moema (1950, pela Atena Editora)
Beckmann (edição particular)
Estácio (1971, pela Edições Melhoramentos)
Adamastor ou O Naufrágio de Sepúlveda (1972, edição particular)
História da Academia Paulista de Letras
Pindorama ou O Brasil Restaurado (1981, edição particular)

Como tradutor
Clávigo (traduzido de Goethe)
Ifigênia em Tauride (ano 1964 Goethe-Instituto Hans Staden)
Tragédias (traduzido de Friedrich Hebbel - Editora Melhoramentos)
Shakespeare (tradução da obra completa - Editora Melhoramentos)
Ilíada (traduzido do grego antigo - Editora Melhoramentos)
Odisseia (traduzido do grego antigo - Editora Melhoramentos)
Diálogos de Platão (tradução em 14 volumes, Editora da Universidade do Pará - Universidade Federal do Pará):
Marginália Platônica: volume introdutório à edição completa dos diálogos
Volume 1-2: Apologia de Sócrates - Critão - Menão - Hípias Maior
Volume 3-4: Protágoras - Górgias - O Banquete - Fedão (2a. edição, Belém: EDUFPA, 2002 - ISBN 85-247-0216-8)
Volume 5: Fedro - Cartas - o Primeiro Alcibíades
Volume 6-7: A República (3a. edição, Belém: EDUFPA, 2000 - ISBN 85-247-0195-1)
Volume 8: Parmênides - Filebo
Volume 9: Teeteto - Crátilo (3a. edição, Belém: EDUFPA, 2001 - ISBN 85-247-0205-2)
Volume 10: Sofista - Político - Apócrifos duvidosos
Volume 11: Timeu - Crítias - O segundo Alcibíades - Hípias Menor
Volume 12-13: Leis e Epínomis
Eneida (traduzida de Virgílio)
A Amazônia - Tragiepopeia em 4 jornadas (traduzido do espanhol - Editora Artenova Ltda.)



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REVISTA CULTURAL

"SOPA DE CEBOLA"

JANEIRO - 2022

EXCELENTE LEITURA

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SUGESTÃO DE LEITURA


PROF. AROLDO DE AZEVEDO
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