segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

RODRIGO LOBATO MARCONDES MACHADO E VASCO NAVARRO DA GRAÇA MOURA

RODRIGO LOBATO MARCONDES MACHADO era filho do Capitão Alexandre Marcondes do Amaral Machado e de D. Maria Delfina Marcondes de Andrade, nasceu em Pindamonhangaba a 1 de janeiro de 1844 e faleceu em São Paulo em 26 de abril de 1918 onde registramos o centenário da sua morte e hoje comemoramos 175 anos do seu nascimento. Após os estudos das primeiras letras, em sua terra natal, e os preparatórios necessários, matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, formando-se em ciências jurídicas e sociais no dia 22 de novembro de 1867. Depois de formado, regressou à sua querida cidade de nascimento, estabelecendo ali sua banca de advogado. Dedicou-se à política, militando nas fileiras do Partido Liberal, defendendo os seus ideais como vereador e depois como presidente da Câmara Municipal, nos anos de 1869 e 1870. Mais tarde transferiu a sua residência e escritório de advocacia para Taubaté, e, pela sua atividade na tribuna jurídica, tornou-se conhecido em todo o Norte da Província. Em janeiro de 1879, por decreto do Governo Imperial, foi nomeado presidente do Rio Grande do Norte, conseguindo os aplausos da Província e o respeito e atenção do Governo Imperial pela sua atitude de dirigente patriota, criterioso, econômico. Em 1880, ainda como presidente do Rio Grande do Norte, fora eleito deputado provincial por São Paulo, deixando então aquele governo, para ocupar o SUO tribuna parlamentar. Em 1882 foi reeleito deputado. Em 1886, pelos seus valiosos serviços de prata na Assembleia, recebeu significativa manifestação - um rico tinteiro inteiro e ouro, com os seguintes dizeres: "Ao dr. Rodrigo Lobato, líder da bancada liberal, oferecem os deputados seus amigos em Homenagem a seu talento e serviços." Em 1889, o seu nome foi lembrado para fazer porte da chapa para deputado geral. Indicado pelo 5° distrito da Província, foi eleito em 31 de agosto daquele ano. A "Gazeta de Notícias", órgão republicano, na época, entre outras referências, publicou o seguinte sobre o ilustre pindense: "Deputado provincial há dez anos e líder da bancada de São Paulo na Assembleia. E para conquistar essa posição foi só Chegar, Falar e Vencer". Fez parte do Comissão elaboradora da Constituição do Estado e da redação do projeto de reforma judiciária que se converteu em Lei Estadual n° 18, de 27 de novembro de 1891. O seu nome ficou ligado à Pátria, pela sua vida de grandes feitos. Como poeta publicou muitas composições na "Tribuna do Norte", de sua terra. Em um dos números desse jornal, encontramos os seguintes versos do ilustre pindense:

REMINISCENCIAS

Como é belo na pátria natal
o gemer da rolinha carpindo.
Como é belo da noite o luar
com seus raios de prato fulgindo.


Como é belo nos matos floridas
o gorjeio do terno sabiá.
Corno é belo ao som do violão
o cantar da soberba Jaiá.


Corno é belo o sussurro das águas
retumbando nas matas de lá.
Corno é belo nas brenhas espessas
o cantor do tristonho sabiá.


Minho Pátrio, tu és a rainha
da cidade, da vida de lá.
E pertence-te a glória superna
de possuir minha amante Jaiá.


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MEMORÁBILIA LITERÁRIA

VASCO NAVARRO DA GRAÇA MOURA nasceu no Porto, Foz do Douro (Portugal) no dia 3 de Janeiro de 1942 e dmorreu em Lisboa (Portugal) no dia 27 de Abril 2014 aos 72 anos e hoje comemoramos 80 anos do seu nascimento. Importante escritor, tradutor e político português. Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde colaborou na publicação académica Quadrante (1958-1962) publicada pela Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa. Graça Moura foi uma das vozes mais críticas do Acordo Ortográfico de 1990, tendo considerado que o mesmo apenas "serve interesses geopolíticos e empresariais brasileiros, em detrimento de interesses inalienáveis dos demais falantes de português no mundo".
PREMIOS
Premio Pessoa (1995)
Premio Internacional "La cultura del mar", em Itália (2002).
Coroa de Ouro do Festival de Poesia de Struga, Macedónia (2004).[1] Struga Poetry Evenings (em inglês)
Premio Vergílio Ferreira (2007)
Premio de Tradução (2007) do Ministério da Cultura de Itália, que distingue anualmente o melhor tradutor estrangeiro de obras italianas, por decisão unânime do júri.
Tributo de Consagração Fundação Inês de Castro (2010)
Premio Europa David Mourão-Ferreira (2010)
Premio Alberto Pimenta do Clube Literário do Porto (2010)
Premio Morgado de Mateus (2013).Obras premiadas
Premio Literário Município de Lisboa (1984) por Os rostos comunicantes
Premio Literário Município de Lisboa (1987) por A furiosa paixão pelo tangível
Prémio de Poesia do P.E.N. Clube Português (1994) por O concerto campestre
Prémio Municipal Eça de Queiroz (1995) por Sonetos familiares
Grande Prémio de Tradução Literária (1996) por Vita Nuova de Dante
Grande Prémio de Poesia APE/CTT (1997) por Uma carta no Inverno
Premio Internacional Diego Valeri (2004) por Rimas de Petrarca
Grande Prémio de Romance e Novela APE/IPLB (2004) por Por detrás da magnólia
Premio de Tradução Paulo Quintela, da Universidade de Coimbra (2006) por Rimas de Petrarca
CONDECORAÇÕES NACIONAIS
Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada de Portugal (3 de Agosto de 1983)
Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal (8 de Junho de 2010)
Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada de Portugal (31 de Janeiro de 2014)
CONDECORAÇÕES ESTRANGEIRAS
Oficial da Ordem de Rio Branco do Brasil (1989)
Medalha da Marinha Brasileira do Brasil (1990)
Medalha de Ouro da Cidade de Florença de Itália (1998) pelas suas traduções de Dante
Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cívico e Cultural do Brasil (2005)
BIBLIOGRAFIA
POESIA
Modo Mudando (1963);
Semana Inglesa (1965);
O Mês de Dezembro e Outros Poemas (1976);
A Sombra das Figuras (1985);
O Concerto Campestre (1993);
Sonetos Familiares (1994);
Uma Carta no Inverno (1997);
Nó cego, o Regresso (2000);
Testamento de VGM (2001);
Letras do Fado Vulgar (2001);
Antologia dos Sessenta Anos (2002);
Variações Metálicas (2004);
Mais Fados & Companhia (2004);
Os nossos tristes assuntos (2006);
O Caderno da Casa das Nuvens (2010);
Poesia Reunida, vol. 1 (2012);
Poesia Reunida, vol. 2 (2012);
A Puxar ao Sentimento - 31 Fadinhos de Autor (2018, póstumo).Ensaio
Luís de Camões: Alguns Desafios (1980);
Caderno de Olhares (1983);
Camões e a Divina Proporção (1985);
Os Penhascos e a Serpente (1987);
Várias Vozes (1987);
Fernão Gomes e o Retrato de Camões (1987);
Cristóvão Colombo e a floresta das asneiras (1991);
Sobre Camões, Gândavo e Outras Personagens (2000);
Adamastor, Nomen Gigantis (2000);
Páginas do Porto (2001);
Fantasia e Objectividade nos Descobrimentos Portugueses (2006);
Acordo Ortográfico: A Perspectiva do Desastre (2008);
Diálogo com (algumas) imagens (2009);
Amália Rodrigues: dos poetas populares aos poetas cultivados (2010);
Miguel Veiga - Cinco Esboços para um Retrato (2011);
Os Lusíadas para Gente Nova (2012);
A Identidade Cultural Europeia (2013);
Discursos Vários Poéticos (2013);
Retratos de Camões (2014).Novela
O pequeno-almoço do Sargento Beauchamp: (uma novela) (2008)
Os Desmandos de Violante (2011)
ROMANCE
Quatro Últimas Canções (1987);
Naufrágio de Sepúlveda (1988);
Partida de Sofonisba às seis e doze da manhã (1993);
A Morte de Ninguém (1998);
Meu Amor, Era de Noite (2001);
Enigma de Zulmira (2002);
Por detrás da magnólia (2008);
Alfreda ou a Quimera (2008);
Morte no Retrovisor (2008);
O Mestre de Música (2015) (continuação da novela O pequeno-almoço do Sargento Beauchamp);
As botas do Sargento.
DIÁRIO E CRÔNICA
Circunstâncias Vividas (1995);
Contra Bernardo Soares e Outras Observações (1999).
TRADUÇÕES (resumo)
Fedra, de Racine
Andromaca, de Racine
Berenice, de Racine
O Cid, de Corneille
A Divina Comédia, de Dante
Cyrano de Bergerac, de Edmond Rostand
O misantropo, de Molière
Sonetos, de Shakespeare
Testamento de François Villon e algumas baladas mais (1997)
A Vita Nuova, de Dante Alighieri
Alguns amores, de Ronsard
Elegias de Duino e Os Sonetos a Orfeu, de Rainer Maria Rilke
Os triunfos, de Petrarca
As Rimas, de Petrarca
O Poema sobre o Desastre de Lisboa, de Voltaire
ANTOLOGIAS
As mais belas Histórias Portuguesas de Natal;
366 Poemas que Falam de Amor;
Visto da Margem Sul do Rio o Porto
O Binómio de Newton e a Vénus de Milo.




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PENSAMENTO



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