segunda-feira, 30 de novembro de 2020

NICANOR TOLOSA ORTIZ

 NICANOR TOLOSA ORTIZ nasceu em Paraibuna no dia 29 de novembro de 1896 e hoje comemoramos 124 anos do seu nascimento. Conhecido pelo pseudônimo "Rui Blaz".   Fez seus estudos primários no Grupo Escolar "Dr. Cerqueira César", em sua terra natal; os secundários, no então educandário do Convento de Santa Clara, dos capuchinhos da Veneranda Ordem Terceira, em Taubaté; e os superiores na Escola Normal Secundária da Praça, pela qual se diplomou em 1912, tendo pertencido à turma noturna regida por José Feliciano. Frequentou, a seguir, a Faculdade de Direito de S. Paulo, colando grau em 1921. Cursou até o quarto ano a Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais da Universidade do Rio de Janeiro. Em Santos, onde se radicou, exerce a profissão de advogado, tendo sido lente de psicologia da Escola Normal Livre "José Bonifácio", do Ginásio Luso-Brasileiro e do Liceu Feminino Santista. Além das suas atividades jornalísticas e forenses, é professor de português da Escola Normal e da Escola de Comércio, instituições da Associação Instrutiva "José Bonifácio". Foi redator-secretário do "Jornal do Comércio". Diretor responsável da revista "Flama". Colabora em muitos jornais de S. Paulo e de Santos, entre eles "A Gazeta", de S. Paulo, e a "Tribuna", de Santos. Contista, romancista, historiador, poeta, professor, jornalista etc.

BIBLIOGRAFIA:

-"Primeiro olhar", contos;

-"Marília de Dirceu", romance histórico;

-"Vila Rica", romance histórico;

-"Vila Rica", in "O Bom Ginasiano", por Máximo de Moura Santos e Francisco Lopes de Azevedo, I.ª série, Rio, Alves, 1942, p. 78-80. 

FIM DA VIDA

Alguma coisa existe, em nossa despedida,

entre o outono que foi e o inverno que vem vindo:

— uma vaga aflição, um vário fim de lida,

— um mal que vai chegando, um bem que vai saindo.

 

É o passo do caminho, a estância da partida,

sem um raio de sol ou um ramo florindo:

— há, em toda parte, um tom de vida já vivida,

-- uma tarde que é triste, um dia que foi lindo.

 

Fica a gente cismando, o pensamento à toa,

um místico desejo, um ímpeto indeciso

de morrer logo ali, quêdo, mudo, de bruços.

 

Depois, de sonho em sonho, o sonho se esboroa:

-- em baixo — triste vida! — um último sorriso,

-- em cima – vida triste! -- em primeiros soluços.


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PENSAMENTO:

"OS LIVROS PODEM SER DIVIDIDOS EM DOIS GRUPOS:

-AQUELES DO MOMENTO E

-AQUELES DE SEMPRE".

MARCEL PROUST

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