quarta-feira, 30 de outubro de 2019

LUÍS GUIMARAES DE ALMEIDA

LUÍS GUIMARAES DE ALMEIDA nasceu em Guaratinguetá a 26 de outubro de 1917. Em sua cidade natal, onde faleceu a 13 de julho de 1952, concluiu os cursos primário, secundário e normal, exercendo, na infância e adolescência, atividades de comerciário. Foi, quando estudante, redator de vários periódicos locais: "O Grêmio", "O Eco", etc., tendo sido colaborador efetivo do ' 'Correio Paulista" e ''O Paraíba". Um dos fundadores do Grêmio Literário "Rui Barbosa". Também participou da fundação da "Casa Castro Alves", em Guaratinguetá. Iniciando a carreira no magistério, foi professor primário no grupo escolar "Presidente Vargas de Pariquera-Açu", no litoral sul paulista, sendo posteriormente removido para o de Itambé, em Barretos. Diretor da Revista "Seara". Catedrático, mediante concurso, da secção de Educação do Ensino Normal ; titular efetivo na Escola Normal e Ginásio Estadual de Caçapava. Foi, de 1944 a 1949, redator da revista "Educação". Colaborado, em prosa e verso, em jornais e revistas de S, Paulo e do Rio de Janeiro : Jornal de São Paulo", "Folha da Manhã", "O Estado de São Paulo", "O Jornal", etc., "Revista Administração Pública", "Revista do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos", etc. Em 1944, iniciou o curso jurídico, que concluiu, na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Historiador, sociólogo, ensaísta, poeta etc. É homenageado dando o seu nome à uma rua da Vila Eliana Maria em sua terra natal – Guaratinguetá.

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DIA NACIONAL DO LIVRO

O DIA NACIONAL DO LIVRO é comemorado no dia 29 de outubro porque foi nesse dia, em 1810, que a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil, quando então foi fundada a Biblioteca Nacional e esta data escolhida para o DIA NACIONAL DO LIVRO (Lei 5191/66). O Brasil passou a editar livros a partir de 1808 quando D.João VI fundou a Imprensa Régia e o primeiro livro editado foi "MARÍLIA DE DIRCEU", de Tomás Antônio Gonzaga. Parabéns a todos os autores brasileiros e em especial aos membros da Academia de Letras de Lorena.



EUCLIDES DA CUNHA
AUTOR "SERTÕES"




MONTEIRO LOBATO
"SÍTIO DO PICA PAU AMARELO"



MARÍLIA DE DIRCEU



TOMÁZ ANTONIO GONZAGA




250 ANOS DO NASCIMENTO
TOMÁZ ANTONIO GONZAGA

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sábado, 26 de outubro de 2019

DR. WASHINGTON LUÍS PEREIRA DE SOUZA

Washington Luís Pereira de Sousa nasceu em Macaé (RJ) no dia 26 de outubro de 1869 e morreu em São Paulo (SP) no dia 4 de agosto de 1957 aos 88 anos e hoje comemoramos 150 anos do seu nascimento. Grande advogado, historiador e político brasileiro, décimo primeiro presidente do estado de São Paulo, décimo terceiro presidente do Brasil e último presidente da República Velha. Foi deposto em 24 de outubro de 1930, vinte e um dias antes do término do seu mandato como presidente da república, por um golpe militar, que passou o poder, em 3 de novembro, às forças político-militares comandadas por Getúlio Vargas, na denominada Revolução de 1930. Foi o criador do primeiro serviço de Inteligência do Brasil em 1928. O apelido que o definia era "Paulista de Macaé", pois, embora nascido no estado do Rio de Janeiro, sua biografia política foi toda construída no estado de São Paulo. Foi chamado também de "O Estradeiro", e, durante a Revolução de 1930, de "Doutor Barbado" pelos seus opositores. Comemoramos hoje o seu sesquicentenário de nascimento.
Escreveu o livro na Capitania de São Vicente.
Na Capitania de Sao Vicente
NA CAPITANIA DE SÃO VICENTE



DR. WASHINGTON LUÍS PEREIRA DE SOUZA


DR. WASHINGTON LUÍS PEREIRA DE SOUZA


DR. WASHINGTON LUÍS PEREIRA DE SOUZA
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sexta-feira, 25 de outubro de 2019

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

PÉRICLES EUGÊNIO DA SILVA RAMOS - CENTENÁRIO DE NASCIMENTO

Péricles Eugênio da Silva Ramos nasceu em Lorena, no estado de São Paulo, em 24 de outubro de 1919 e morreu em São Paulo em 1992. Formou-se na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo na turma de 1944 onde foi colega de classe de outro lorenense - Moary de Paula Ferraz. Publicou em 1946 seu primeiro livro de poesias, Lamentação Floral, pela editora Assunção. A esta, seguiram-se outras obras poéticas originais. Em 1948, já envolvido com o movimento modernista - naquele momento nomeado neomodernista - co-assinou um manifesto dos poetas da nova geração. Ao longo da vida, contribuiu, ora com poemas, ora com ensaios, com diversas publicações periódicas, dentre as quais a Folha da Manhã, o Correio Paulistano e a Revista Brasileira de Poesia, fundada pelo próprio em 1947.
Péricles Eugênio da Silva Ramos dedicou-se também à tradução, em especial à tradução poética, tendo vertido para o português obras de William Shakespeare, Stéphane Mallarmé, Virgílio e Góngora, entre outros. Além disso, também foi editor de antologias de literatura brasileira. Várias obras de autores brasileiros, em especial do simbolismo e parnasianismo, foram revisitadas e antologizadas por Silva Ramos, tais como Francisca Júlia e Álvares de Azevedo.
A partir de 1966, Silva Ramos lecionou literatura e redação junto à Faculdade de Comunicação Social Cásper. Em 1970, passou a exercer o cargo de diretor técnico do Conselho Estadual de Cultura, quando foi um dos criadores do Museu de Arte Sacra de São Paulo, do Museu da Imagem e do Som e do Museu da Casa Brasileira.
Péricles Eugênio da Silva Ramos ocupou a cadeira de número 25 da Academia de Letras de São Paulo e veio a falecer em São Paulo, em 1992.

BIBLIOGRAFIA:
-Lamentação Floral, 1946
-Sol Sem tempo, 1953
-Lua de Ontem, 1960
-Futuro, 1968
-Poesia Quase Completa, 1972
-A Noite da Memória, 1988

TRADUÇÕES:
- Poemas de Góngora

Poemas de Fagundes Varela

-Poesia Grega Latina

-Poesia Moderna Antologia
-Poesia Barroca
Poesia Barroca
-Poesia Simbolista - Antologia
Poesia Simbolista Antologia


PÉRICLES EUGÊNIO DA SILVA RAMOS

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

JURANDYR FERRAZ DE CAMPOS

Morreu no dia 17 de outubro pp. o professor e historiador Jurandyr Ferraz de Campos, aos 83 anos. Nascido em Caçapava em 7 de setembro de 1936 era o 5º filho de uma irmandade de onze (Antônio Moacyr e Lair (hoje já falecidos), José Waldir, Jurandyr, Luiz Dalmir, Josemir, Odair, Lenir, Amair, Arismir e Rosemirdo) do fazendeiro e agricultor José Pereira Campos e a dona de casa Geralda Campos de Ferraz. Ele era irmão da professora, escritora e atriz Amair de Campos Padgurschi. Segundo informações o professor estava internado há dez dias no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, em decorrência de fibrose pulmonar e pneumonia. Campos foi um estudioso da cidade de Mogi das Cruzes, deu aulas na Universidades de Mogi das Cruzes e ocupou o cargo de secretário Municipal de Cultura e Meio Ambiente entre 2000 e 2004. Campos recebeu, este ano, em agosto o título de cidadão mogiano.  Personalidade conhecida nos meios acadêmicos mogianos devido as suas pesquisas históricas, o professor Jurandyr Ferraz de Campos foi também um grande divulgador das tradições religiosas e folclóricas da Festa do Divino Espírito Santo de Mogi das Cruzes, da qual foi festeiro em 1989. Campos era membro fundador da Academia Mogicruzense de História, Artes e Letras (AMHAL).
O presidente da AMHAL e historiador, Glauco Ricciele, destaca a atuação de Jurandyr Ferraz de Campos em Mogi das Cruzes. “Um dos maiores legados dele são os livros e pesquisas sobre a história colonial de Mogi e a Festa do Divino. Ele tem um grande peso para a história da cidade nos últimos 30 anos uma atuação fantástica nos campos religioso, cultural e preservação do patrimônio histórico e saberes”, afirma Ricciele.
Jurandyr Ferraz de Campos atuou também no Banco do Brasil de 1959 até 1989, quando se aposentou.
Paralelamente às atividades profissionais junto a agência bancária local, atuou como professor da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) nas disciplinas história econômica e história do pensamento econômico, de 1969 a 1986; paleografia, de 1992 a 1997; história econômica, em 1994 e antropologia cultural de 1996 a 1998.
Ministrou cursos organizados pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Mogi das Cruzes sobre paleografia colonial brasileira nos anos de 1987, 1988, 1993 e 2002.
Ele também foi diretor do Museu de Arte Sacra de Mogi das Cruzes, conforme convênio da Prefeitura de Mogi das Cruzes, Mitra Diocesana, Província Carmelitana de Santo Dias, Ordem Terceira do Carmo e SPHAN, de 1986 a 1988.
Participou do Projeto de Arqueologia da Região da Serra do Itapeti, como responsável pela Coordenadoria dos Levantamentos Históricos, no período de 1989 a 1996.
Ele foi fundador, coordenador e membro do Conselho Editorial de BOIGY, responsável pela publicação dos Cadernos da Divisão do Arquivo Histórico e Pedagógico Municipal de Mogi das Cruzes.
Campos também foi sócio fundador da Associação Mogiana de Paleografia AMP, de 1998 e criador do Projeto Vídeo Memória de Mogi das Cruzes, 1995/96, destinado a registrar em vídeo aspectos culturais, sociais e folclóricos de Mogi das Cruzes e região.
Ele foi sócio fundador da Associação Pró-Festa do Divino e atuou como secretário municipal de Cultura e Meio Ambiente de Mogi das Cruzes, de 2000 a 2004.
Atualmente, Jurandyr era membro da Academia Caçapavense de Letras e da Academia Mogicruzense de História, Artes e Letras (AMHAL).

JURANDYR FERRAZ DE CAMPOS
1936 - 2019

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

DIA DO POETA

O Dia do Poeta é celebrado no dia 20 de outubro e foi criado na XXX Conferência Geral da UNESCO em 16 de Novembro de 1999. O propósito deste dia é promover a leitura, escrita, publicação e ensino da poesia através do mundo além de lembrar e homenagear estes arautos da alma - os Poetas. Homenageio todos os poetas do Instituto de Estudos Valeparaibanos, da Academia Letras de Lorena, da Academia Jovem de Letras de Lorena e demais congeneres.
Homenagem póstuma a Poetisa Celina Maria Taques Bittencourt Nepomuceno falecida no dia 8 de dezembro de 2015.



CORA CORALINA



CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE



PADRE ANTONIO VIEIRA




LUIZ VAZ DE CAMÕES




CASIMIRO DE ABREU




CLARISSE LISPECTOR




GUILHERME DE ALMEIDA


ARNOLFO AZEVEDO
POLÍTICO E POETA


PÉRICLES EUGÊNIO DA SILVA RAMOS
CENTENÁRIO DE NASCIMENTO
ESCRITOR E POETA

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

ALDO MÁRIO COCHRANE DE AZEVEDO

ALDO MÁRIO COCHRANE DE AZEVEDO – Nasceu em Lorena (SP) no dia 22 de outubro de 1898 e faleceu, presumivelmente no Rio de Janeiro(?). Era filho do político Dr. Arnolfo Rodrigues de Azevedo (1868-1942) e Dulce Cochrane Rodrigues de Azevedo (1872-1931). Era irmão do geógrafo e geomorfólogo Dr. Aroldo Edgard de Azevedo (1910-1974). Estudou no grupo escolar “Gabriel Prestes” (1904-1907), tendo feito o curso secundário no Ginásio “S. Joaquim” (1908-1913), de sua cidade natal. Formado, em 1918, pela Escola superior de Mecânica e Eletricidade de S. Paulo. Foi secretário da Estrada de Ferro de Santa Catarina (Blumenau), em 1919-1920; engenheiro da Companhia Telefônica Brasileira (Rio), em 1921; engenheiro da Companhia Construtora de Santos, em 1921-1929; diretor da Federação das Indústrias, em 1930; diretor da Associação Comercial de São Paulo (1933-1934); deputado classista, em 1936-1937; diretor geral do Departamento do Serviço Público, em 1942; diretor superintendente da Fábrica Japy S/A, de 1929 a 1943. Participou do Conselho de Expansão Econômica, tendo fundado o Instituto de Organização Racional do Trabalho (IDORT) e diretor de 1931-1935. Um dos fundadores da Academia de Ciências Econômicas, da Sociedade “Amigos da Cidade, Instituto de Economia, Instituto de Geografia e Estatística, Clube de Engenharia (Rio de Janeiro), Clube de Turismo do Brasil, Clube de Campo de São Paulo, Câmara de Comércio Suíço-Brasileira (membro do conselho).”. Fez parte do Conselho de Administração da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, de que se tornou diretor-presidente (1946). Membro da Associação Paulista de Imprensa, Associação dos Geógrafos Brasileiros, Instituto Genealógico Brasileiro etc. Colaborou assiduamente em diversas revistas e jornais. Ensaísta, sociólogo, economista, historiador etc.
BIBLIOGRAFIA: “Harmonia da vida: uma interpretação otimista do mundo em que vivemos”, Rio, Freitas Bastos, 1938, 334 p., 20 cm.; “O Serviço de Prevenção contra Acidentes”, S. Paulo, Pocai, 1939, 27 p., 23x16 cm.; “A guerra, o Brasil e o “nós queremos”, S. Paulo, IDORT, 1943, 131 p., 20,5x14 cm.; “Excelsior ou Human Destiny”, S. Paulo, Impressora Brasileira, 1948, 183 p., 24x16 cm.; “Introdução ao livro “Aplicações práticas da democracia””, por George Bernard Huzzar, trad. de Moacir N. Vasconcelos, S. Paulo, Lep., 1948, 171 p., ils., 19x13 cm.; “Cinco lições de economia racional”, trad., S. Paulo, IDORT, s/d.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

JUDITE DE OLIVEIRA

JUDITE DE OLIVEIRA, natural de Redenção da Serra- SP, nasceu aos 17 de outubro de 1942, filha de Pedro Claro de Oliveira e Maria de Lourdes Santos de Oliveira. É a quarta filha do casal, cujos irmãos são os seguintes: Ana, Maria Aparecida, Terezinha, Israel, Catarina, Pedro, Abrão José, José Luiz e João Evangelista. Cursou seu primeiro grau no Grupo Escolar Coronel Queiroz, em Redenção da Serra – SP. Formou-se em bacharel em Administração de Empresas e Ciências Econômicas, na Faculdade de Economia, Finanças e Administração de São Paulo. Reside em Taubaté – SP. É membro da União Brasileira de Trovadores – Seção de Taubaté. É vencedora em diversos concursos de trovas. É vencedora também em vários concursos de trovas, poesias e sonetos. Tem participação em diversas coletâneas. É membro efetivo da Academia Taubateana de Letras desde 31 de março de 2005. Participa de suas coletâneas. Ocupa a cadeira de número 23, cujo patrono é José Pedro Saturnino. Participa do Movimento Médico Paulista - Cafezinho Literário, tendo participado de suas coletâneas.

BIBLIOGRAFIA: Emoções da Alma, publicado em 2004, Gemidos da Natureza, publicado em 2007, e Jesus em Versos em Rimas – Evangelho em Trovas, publicado em 2011.


JUDITE DE OLIVEIRA
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CONVITE

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segunda-feira, 14 de outubro de 2019

RAMÓN DE OLIVEIRA ORTIZ

RAMÓN DE OLIVEIRA ORTIZ - nasceu em Taubaté a 20 de outubro de 1902 e faleceu (?). Fez o curso de humanidades no Seminário local. Ingressou, a seguir, na Universidade Gregoriana de Roma. Doutorou-se em direito canônico (1939). Lente do Seminário Diocesano de Taubaté (1925-1927), vigário de Paraibuna (1927-1930) e Cruzeiro (1930-1937), vigário geral da diocese de Taubaté (1939-1941), adjutor-chefe do Broadcasting Católico da Rádio Excelsior. A partir de 1950, dirige a paróquia de Jacareí. Viajou pelos Estados Unidos, pelo Canadá, pela Palestina, etc. Colaborador de numerosos jornais e revistas do país. Poeta, orador, etc.

BIBLIOGRAFIA: 
"Poesia do Bem (ensaios oratórios)", Rio, Empresa Editora A.B.C. Ltda., 1936, 128 p., 14x19 cm. , Saudades de Jesus (impressões de uma viagem à Palestina) , 12 p. , 24x17 cm. ; 'Neves e auroras boreais (impressões de viagem ao Canadá e aos Estados Unidos)", 12 p., 16x23 cm.

PADRE DR. RAMÓN DE OLIVEIRA ORTIZ

HOMENAGENS:

1ª)

LEI Nº 5165, de 11 de junho de 1986


DÁ A DENOMINAÇÃO DE "PADRE PROFESSOR DOUTOR RAMON DE OLIVEIRA ORTIZ" À ESCOLA ESTADUAL DE 1º GRAU (AGRUPADA) DO BAIRRO SÃO GONÇALO I, EM TAUBATÉ


O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO: Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Art. 1º Passa a denominar - se "Padre Professor Doutor Ramon de Oliveira Ortiz" a Escola Estadual de 1º Grau (Agrupada) do Bairro São Gonçalo I, em Taubaté.

Art. 2º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 11 de junho de 1986.

FRANCO MONTORO

2ª)

  Rua Padre Doutor Ramon Ortiz, Morada do Vale, Taubaté - SP

domingo, 13 de outubro de 2019

JOSÉ DE PAULA RODRIGUES ALVES

JOSÉ DE PAULA RODRIGUES ALVES - nasceu em Guaratinguetá(SP) no dia 16 de outubro de 1882 e faleceu em Bueno Aires a 6 de maio de 1944 em pleno exercício do cargo. Seu corpo foi transportado para o Rio de Janeiro pelo cruzador La Argentina. Filho de Francisco de Paula Rodrigues Alves e de Ana Guilhermina Rodrigues Alves, ambos pertencentes a famílias de grandes plantadores e comerciantes de café em São Paulo. Obteve em 1900 o diploma engenheiro geógrafo pelo Colégio Militar do Rio do Janeiro. Formado, em 1905, pela Faculdade de Direito de São Paulo. Ingressando na carreira diplomática, foi mandado servir, no ano seguinte, em Haia, após ter prestado serviços, como secretário, na Terceira Conferência Pan-Americana, realizada na capital da República, sob a presidência de Joaquim Nabuco. Em 1908, foi transferido para Londres. Permaneceu na capital inglesa até 1913, quando, promovido a 1º secretário, seguiu para Bueno Aires. Na Argentina ficou dois anos, tendo sido por duas vezes Encarregado de Negócios. Em 1915, foi removido para Estocolmo e promovido, por merecimento, a conselheiro de embaixada e, em 1917, a ministro residente, na capital sueca. Enviado extraordinário e ministro plenipotenciário em 1918, foi designado para servir em Pequim, onde se deteve de 1920 a 1921. Removido para Assunção, permaneceu no Paraguai até 1922. Regressando ao Brasil, o Itamarati o nomeou seu delegado à Quinta Conferência Pan-Americana,  sob a chefia de Afrânio de Melo Franco, reunida em Santiago do Chile em 1923. Nomeado embaixador do Brasil na Argentina, partiu para Buenos Aires. Redigiu, com Antônio Carlos de Sales Júnior e Pedro Odilon do Nascimento, o jornal "A Época", órgão do Círculo Jurídico Acadêmico. Publicou discursos, estudos e conferências sobre história diplomática. Foi membro da Sociedade Brasileira de Direito Internacional, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e da Junta de História e Numismática Americana de Buenos Aires.
BIBLIOGRAFIA: "Fatores históricos da Proclamação da República no Brasil".

PORTAL DE LEGISLAÇÃO
Decreto nº 15543 de 11/05/1944 / PE - Poder Executivo Federal
(D.O.U. 31/12/1944)

Falecimento do Embaixador José de Paula Rodrigues Alves


DECRETO N. 15.543 - DE 11 DE MAIO DE 1944

Falecimento do Embaixador José de Paula Rodrigues Alves
O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o art. 74 da Constituição, e
Considerando os relevantes serviços prestados à diplomacia brasileira pelo eminente Embaixador José de Paula Rodrigues Alves, resolve
decreta:
Artigo I - a) luto oficial no dia da chegada do corpo e no dia dos seus funerais;
b) nomear uma comissão composta dos Senhores Henrique Dodsworth, Prefeito do Distrito Federal, Embaixador Pedro Leão veloso, Secretário Geral do Ministério das Relações Exteriores, Ministro José Roberto de Macedo Soares, Chefe da Divisão do Cerimonial do Itamarati, e do Primeiro Tenente Hélio Freire como Secretário, afim de receber a bordo do cruzador "La Argentina" o corpo do Embaixador José de Paula Rodrigues Alves e tomar todas as providências para que sejam feitos oficialmente os seus funerais;
c) determinar que a bandeira nacional nos dias 12 e 13 do corrente mês seja hasteada em funeral em todos os edifícios públicos do território nacional;
d) conceder ao extinto funerais e honras militares correspondentes às da cargo de Ministro de Estado.
Rio de Janeiro, em 11 de maio de 1944, 123º da Independência e 56º da República.
Getúlio Vargas.
Alexandre Marcondes Filho.
Oswaldo Aranha
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sábado, 12 de outubro de 2019

JOSÉ DE ATAÍDE MARCONDES

JOSÉ DE ATAÍDE MARCONDES - nasceu em Pindamonhangaba no dia 11 de outubro de 1864. Faleceu a 13 de setembro de 1924. Estudou as primeiras letras em Taubaté, com J filio Ribeiro. Depois, em S. Luís do Paraitinga, com o professor Belizário Ferreira da Mota. No Externato Costa, de Júlio Cesar de Oliveira e Costa, frequentou as aulas de Ínguas e matemáticas. Em 1882, submeteu-se a concurso para professor público, sendo aprovado. Em 1889, deixou o magistério para estabelecer-se com farmácia. Foi viajante de drogas. Bibliotecário da Escola de Farmácia e Odontologia de Pindamonhangaba, intendente municipal, autoridade policial, membro do Conselho de Instrução Pública, vereador etc. Colaborou na "Tribuna do Norte" e fundou "0 Taubaté”. Era membro da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, do Instituto Histórico e Geográficos Brasileiro, do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo, do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia etc. Historiador, poeta, teatrólogo, didata etc.

BIBLIOGRAFIA: "Pindamonhangaba. Apontamentos históricos, geográficos, genealógicos, biográficos e cronológicos", S. Paulo, Tip. Espínola, S. Paulo, 1906, 328 p., ; "Pindamonhangaba" poemeto em três atos, 1912 ; 'Amarantos", versos, 1899; "0 boato", revista, 1924 ; "Artinha musical", compendio, 1919 ; "Pinda em pancas' revista, de parceria com F. Braga Filho ; "Dicionário musical", história da música desde o começo da era cristã até 1922 ; "Pequena geografia de Pindamonhangaba", 1902, 21 pág.

in.jornaltribunadonorte.

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

ANTÔNIO LUÍS DA CÂMARA LEAL

ANTÔNIO LUÍS DA CÂMARA LEAL - nasceu em Taubaté a 10 de outubro de 1892. Fez o curso primário com seu pai, frequentando, a seguir, o Colégio S. Luís, de Itu (1902-1903), onde também cursou humanidades (1904-1909). Formado, em 1914, pela Faculdade de Direito de S. Paulo. Foi juiz substituto da primeira turma nomeada em 1922, servindo de 1922 a 1925, quando foi exonerado a pedido. Advogado militante na Capital e em Mogi das Cruzes.
BIBLIOGRAFIA: "Teoria e Prática das Ações," l. S. Paulo, Saraiva, 1922; "Teoria e l. , S. Paulo, Saraiva, Prática das Ações"1922 ; ' 'Do depoimento pessoal", S. Paulo, Saraiva, 1922 ; "Manual elementar de direito civil", S. Paulo, Saraiva, 1930, 3 vols. "Efeitos civis do julgamento criminal", S. Paulo, Saraiva, 1930 ; "Comentários ao Código do Processo Civil e Comercial do Estado Novo", S. Paulo, 1933 ; "Da prescrição e da decadência", S. Paulo, "Código Saraiva, 1939, 464 p. , 14 cm. ; do Processo Civil e Comercial do Estado de S. Paulo comentado", S. Paulo, Saraiva, 5 vols. ; "Comentários ao Código do Processo Penal Brasileiro", Rio, Freitas Bastos, 4 volumes.; "Comentários ao Código do Processo Civil Brasileiro", Rio, Editora "Revista Forense", 5 volumes.




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quarta-feira, 9 de outubro de 2019

JOSÉ CARLOS DO PATROCÍNIO

José Carlos do Patrocínio nasceu em Campos dos Goytacazes (RJ) no dia 9 de outubro de 1853 e morreu no Rio de Janeiro (RJ) no dia 29 de janeiro de 1905 aos 51 anos e hoje comemoramos 166 anos do seu nascimento. Importante farmacêutico, jornalista, escritor, orador e ativista político brasileiro. Destacou-se como uma das figuras mais importantes dos movimentos Abolicionista e Republicano no país cognominado de 'TIGRE DA ABOLIÇÃO'. Foi também idealizador da Guarda Negra, que era formada por negros e ex-escravos. Filho de João Carlos Monteiro (?) vigário da paróquia de Campos dos Goytacazes e orador sacro de reputação na Capela Imperial, com Justina do Espírito Santo (?), uma jovem escrava Mina de quinze anos, cedida ao serviço do cônego por D. Emerenciana Ribeiro do Espírito Santo (?), proprietária da região. Numa homenagem a Alberto Santos Dumont (1873-1932), realizada no Teatro Lírico, quando discursava saudando o inventor, foi acometido de uma hemoptise, sintoma da tuberculose que o vitimou. Faleceu pouco depois aquele que é considerado por seus biógrafos o maior de todos os Jornalistas da abolição.
Obras
1875: Os Ferrões, quinzenário satírico, 10 números, em colaboração com Dermeval Fonseca;
1877: Mota Coqueiro ou A pena de morte, romance;
1879: Os retirantes, romance;
1883: Manifesto da Confederação Abolicionista;
1884: Pedro Espanhol, romance;
1885, 17 de maio: Conferência pública, no Teatro Politeama, em sessão da Confederação Abolicionista;
"Associação Central Emancipadora", 8 boletins.


JOSÉ CARLOS DO PATROCÍNIO
TIGRE DA ABOLIÇÃO

JOSÉ CARLOS DO PATROCÍNIO
TIGRE DA ABOLIÇÃO


ALBERTO SANTOS DUMONT

terça-feira, 8 de outubro de 2019

ANTONIO NOGUEIRA DE SÁ

ANTONIO NOGUEIRA DE SÁ - nasceu em Lorena a 9 de outubro de 1896. Fez o curso Secundário no Ginásio S. Joaquim, de sua cidade natal, e no Colégio Brasil, de Ouro Fino (Minas). Prestou exames parcelados, matriculando-se, em 1930, na Faculdade de Direito de S. Paulo. Colou grau em 1934. Conquistou, durante o curso acadêmico, o prêmio de sociologia "Almeida Júnior", com a monografia "O tipo social paulista". Entrou para o serviço público do Estado, em 1918, tendo sido, de 1916 a 1917, secretário da Prefeitura Municipal de Pindamonhangaba. Serviu, também, no Instituto de Higiene. No antigo Serviço Sanitário e, depois, no Departamento de Saúde fez a sua carreira até atingir o cargo de Consultor Jurídico. Redator dos ' 'Arquivos de Higiene e Saúde Pública", que organizou, e colaborador da "Revista do Arquivo Municipal". Nomeado técnico de administração do Instituto de Administração da Universidade de S. Paulo, aí exerceu a chefia do setor de direito (1946), passando, mais tarde, para as funções de Consultor Jurídico da Secretaria da Fazenda e da Assessoria Técnico-Legislativa, onde já servia em 1947. 

BIBLIOGRAFIA: ''O tipo social paulista", monografia, S. Paulo, 1933; "Direitos fundamentais do funcionário público", S. Paulo, 1933; ''Em prol do funcionalismo público", estudos, S. Paulo, Instituto de Administração, 1934, 79 p. ; "O funcionalismo público no anteprojeto da Constituição Paulista", s. Paulo, 1935 ; 1 'A propósito da competência municipal em matéria sanitária", S. Paulo, Imprensa Oficial, 1936, 305 p., 23x18 cm. ; 'Do controle administrativo sobre as autarquias", S. Paulo, Ed. Leia, 1952.


Quid Carius libello meo?
O que é mais caro para o meu livro?
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segunda-feira, 7 de outubro de 2019

MANUEL VENÂNCIO CAMPOS DA PAZ

Manuel Venâncio Campos da Paz, nasceu em Bananal a 7 de outubro de 1850 e faleceu no Rio de Janeiro a 26 de junho de 1888 aos 38 anos e hoje comemoramos 169 do seu nascimento. Assentou praça a aspirante da guarda-marinha a 26 de fevereiro de 1867. Nomeado guarda-marinha (1871) fez a sua viagem de excursão a Montevidéu na corveta "Baiana". Em 1873, já segundo tenente, viajou nas canhoneiras "Araguari" e "Ipiranga". Assistiu à construção do "Javari" na Europa. Serviu no "Solimões", no "Sete de Setembro" e no "Lima Barreto". Diplomou-se, em 1879, pela Escola Politécnica do Império. Foi então designado para estudar no Velho Mundo o fabrico e uso de torpedos. Era engenheiro geógrafo pela Escola Politécnica, sócio fundador da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, membro da Society of Telegraph, Engineers e Electricians, de Londres; sócio da Sociedade de Geografia de Lisboa. Colaborou em "Comércio", de Pelotas(RS).
BIBLIOGRAFIA:
"Zulmira", novela, in "Comércio", Pelotas; "Guia prático para montagem e desmontagem do torpedo Whitead", 1884; "Torpedo Whitead", 1886.


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sexta-feira, 4 de outubro de 2019

BETINA MARINO

Betina (Elizabeth) Marino nasceu em Guaratinguetá, no dia 4 de outubro de 1899 e faleceu em Pouso Alegre (Minas Gerais), 13 de dezembro de 1975 aos 76 anos e hoje comemoramos 120 anos do seu nascimento. Ela era filha do imigrante italiano Salvador Marino e da guaratinguetaense Maria Magdalena de Jesus.
Fez o curso primário no Grupo Escolar “Flamínio Lessa” e os preparatórios com Dona Lídia Limongi Neves e Dona Minervina Soares Costa, ingressando na Escola Normal de Guaratinguetá, em 1916, tendo como companheiros de turma, entre outros, Diomar Pereira da Rocha, Joaquim Irineu de Andrade, José de Freitas Guimarães, Dario Rodrigues Leite, Antonio de Tolosa e José Rodrigues Pinto. Iniciou o magistério numa escola isolada no município de Paraibuna. Em Guaratinguetá foi professora de português no Colégio Nossa Senhora do Carmo.
Em 1934, assumiu as cadeiras de Psicologia, Sociologia e História da Educação, na Escola Normal de Guaratinguetá. Foi professora particular de Francês e Português. Poetisa desde a adolescência, nunca deixou de escrever versos. Dotada de memória prodigiosa, registrou em crônicas admiráveis, fatos da vida social de Guaratinguetá nas primeiras décadas do século. Católica fervorosa militou em obras de apostolado e ação social, sendo Terceira Franciscana. Dirigiu durante anos uma obra de assistência social e religiosa aos detentos e manteve em sua casa um serviço de atendimento à pobreza desvalida. Colaborou em todos os jornais de Guaratinguetá, sendo colaboradora permanente do jornal “O Eco”. Escreveu para a revista “Vozes” de Petrópolis, para “Ecos Marianos” de Aparecida e para “Ecos Seráficos” do Rio de Janeiro. Foi membro da União Brasileira de Escritores, do Centro Cultural “Eduardo Prado”, da Sociedade “Frei Galvão” e de outras instituições culturais. Estudiosa da obra de Cecília Meireles (1901-1964), Sully Prodhomme (1839-1907) e Rabindranat Tagore (1861-1941), traduziu versos e analisou poemas.
HOMENAGENS:

-Biblioteca Pública de Guaratinguetá recebeu o seu nome.
-Rua do Parque São Francisco recebeu o seu nome.
CAPA DO LIVRO


[The 100th Anniversary of the Birth of Cecíla Meireles, 1901-1964, type DQO]
CECÍLIA MEIRELES

SULLY PRUDHOMME

RABINDRANAT TAGORE


quinta-feira, 3 de outubro de 2019

PEDRO UZZO

PEDRO UZZO nasceu em Paraibuna/SP no dia 03 de outubro de 1901 e morreu em 1977. Era filho de Nicolau Uzzo e Mariana Justina Uzzo.  Cursou o Grupo Escolar "Dr. Cerqueira César", frequentando, a seguir, o Colégio Arquidiocesano e a Escola Normal Secundária da Capital. Formado pela Escola de Farmácia e Odontologia de Pindamonhangaba. Além de poeta e prosador, era um pintor premiadíssimo. Radicado em Santos, tornou-se membro da Academia Santista de Letras, cadeira nº 01, posse no dia 26 de fevereiro de 1958.. Entre as revistas e jornais em que colaborou, figuram "A Flama", "Brasilidade", "Estrela Azul", "Tribuna", de Santos, e "Diário de S. Paulo", desta capital. Romancista, poeta, cronista, etc. 
Bibliografia: "Penca de aratacas", romance regionalista, S. Paulo, Sociedade Impressora Paulista, 1939, 271 p. 19x13 cm.; com capa e ilustrações do A.; "Suinãs", poesias, S. Paulo, Saraiva, 1948, 187 p., 20x14 cm., com capa do A. e "Malungo"-contos. 
Homenagem:Em Bertioga há uma rua com seu nome.

SUINÃS
1948

MALUNGO
1959



OBRA DE PEDRO UZZO



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terça-feira, 1 de outubro de 2019

JOSÉ GERALDO NOGUEIRA MOUTINHO

José Geraldo Nogueira Moutinho, nasceu em Pindamonhangaba, no dia 7 de setembro de 1933 e faleceu em São Paulo no dia 6 de maio de 1991 aos 57 anos e registramos 86 anos do seu nascimento. Era filho dos portugueses Antônio Alves Mourinho e de Dona Maria da Glória Moutinho, ambos naturais da Vila Real de Traz-os-Montes. Era casado com a socióloga, Jessita Maria Nogueira Moutinho e não tinha filhos. Cursou o antigo Ginásio Estadual de Pindamonhangaba, na década de 40. Cursou a Faculdade de Direito, mas no 40 ano desistiu, como desistiu também do curso universitário de letras clássicas. Desde 1961 foi crítico literário da ' 'Folha de São Paulo" e nela atuou até 1986. Na {área de crítica sua atenção se voltou para a literatura brasileira. Em 1967, publicou uma coletânea de ensaios, "A Procura do Número" (Conselho Estadual de Cultura), que discutia as obras de Jorge de Lima, João Cabral de Melo Neto, Cecilia Meireles e Manuel Bandeira, entre outros. Uma nova compilação, "A Fonte e a Forma" (Imago Editora - RJ), reunindo 50 ensaios dedicados à produção literária brasileira entre 1963 e 1971, foi lançada em 1977. Nogueira Moutinho também é autor de um livro de "Exercitia " (Livraria Duas Cidades - SP), de 1970. No mesmo ano recebeu do governo francês a comenda de "Chevallier des Arts et Lettres" pelos serviços prestados à cultura francesa. José Geraldo Nogueira Moutinho foi um dos mais jovens membros eleitos para a Academia Paulista de Letras, em 1978, quando estava com 44 anos, ocupando a Cadeira de n.º 13. Sua eleição ocorreu aos 15 de setembro de 1977 e sua posse, aos 10 de maio de 1978. Também integrava a diretoria do Museu de Arte Sacra Foi secretário-geral do Conselho Estadual de Cultura e secretário-executivo do CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) do Estado de São Paulo. Nogueira Moutinho, participou de congressos e encontros literários no País e no exterior. Foi Primeiro vice-presidente do Sindicato dos Escritores do Estado de São Paulo.
Na Academia Paulista de Letras, sua Cadeira, de n.º 13, tinha como patrono Alexandre Gusmão, nascido em Santos, aos 31 de dezembro de 1695. Seu discurso de posse encontra-se inserido na Revista da citada Academia, de novembro de 1978 - n.0 95, páginas de 9 a 20. Na mesma revista, às páginas de 21 a 30, encontra-se a saudação feita ao acadêmico por Péricles Eugênio da Silva Ramos (Lorena comemora este ano o seu centenário de nascimento). A respeito, citaremos a seguir um trecho dessa saudação, quando o acadêmico, referindo-se ao livro de poemas "Exercitia" de Nogueira Moutinho, assim se expressa:
"Erudito que sois, vosso livro está cheio de alusões e citações incorporadas ou não no texto. De Apuleio extrais uma definição do homem serenamente equilibrado; mas apesar de tudo compatível com os elogios de Sófocles, na Antígone, e de Shakespeare no Hamlet. Aludis a Prudêncio no título de um poema., "Poscunt litantur', a Homero quando vos referis ao olhar da Andrômaca de Heitor, a Virgílio nas Sicelides musae, no rio Clitunmo e noutras passagens, ou indiretamente, via Dante, quando pareceis dizer que
aspirais a conhecer, como o florentino, toda a Eneida. Vosso vocabulário, já o disse, entressacha-se de termos difíceis, técnicos, arcaicos, latinos: mas chegais a transpor para o português um 'plotar oriundo do inglês 'plot', apocopais em 'núncupo', introduzis do francês alatinado uma 'inuisibília', buscais um 'navos' no latim que surge diretamente no texto várias vezes. Num poema, 'Fabela', cheio de impossibilidades, uma das quais, pelo menos objeto de crença enxertais alguns oximoros que iluminam essas contradições do espírito. E assim falais em luminosae tenebrae, folie sensée, sóbria ebrietas, docta ignorantia, stásis kinesis, vigil sormnus. Pela dupla de substantivos gregos, stásis-kínesis, da conhecida oposição platônica, talvez pudesse citar com maior propriedade o shakespeariano inconstant stay, mas isso, obviamente, é escolha minha e não vossa" .
Referido comentário do texto acima basta para sentir o quanto era culto e inteligente o extraordinário homem das letras, poeta e crítico literário José Geraldo Nogueira Moutinho.



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