sexta-feira, 26 de maio de 2023

JOÃO MARCONDES DE MOURA ROMEIRO & AGENDA CULTURAL

JOÃO MARCONDES DE MOURA ROMEIRO nasceu em Pindamonhangaba no dia 26 de maio de 1842 e faleceu no dia 8 de julho de 1915 aos 73 anos e hoje comemoramos 181 anos do seu nascimento. Após o curso primário ingressou no Colégio de Baependi (MG) onde fez os estudos de humanidades. Em 1861, matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, recebendo, em 1865, o grau de bacharel em ciências jurídicas e sociais. Durante este curso colaborou em jornais literários e científico da Faculdade. Foi colega, dentre outros, do pindamonhangabense Miguel de Godoy Moreira e Costa e de Antônio Cesário de Faria Alvim (1890 -1931). João Marcondes de Moura Romeiro regressou então a Pindamonhangaba, exercendo aí o cargo de Juiz Municipal. Eleito deputado à Assembleia Provincial na 23ª legislatura, de 1870 a 1878, foi reeleito em 1880. Terminado o mandato, voltou para a sua cidade, estabelecendo banca de advogado. Fundou e redigiu durante 20 anos o jornal “Tribuna do Norte”, cuja primeiro número saí a 11 de junho de 1882. Em 1887, foi eleito vereador à Câmara Municipal, de que foi Presidente. Proclamada a República, continuou nesse cargo, trabalhando a favor do novo regime. Em 25 de fevereiro de 1888, consegue, com mais vinte e seis fazendeiros e outras pessoas, a libertação dos escravos existentes no município. Em 1890, foi nomeado Juiz de Direito da nova comarca de São Bento do Sapucaí, cargo que deixou em consequência da reforma judiciária, sendo posto em disponibilidade. Em sua cidade voltou aos seus trabalhos de advocacia, ao jornalismo e às letras. Foi um dos fundadores da Escola de Farmácia e Odontologia de Pindamonhangaba. Sua obra “Dicionário do Direito Penal”, publicado em 1905, obteve Medalha de Ouro na Exposição Nacional de 1908, na secção de “Trabalhos Científicos”. Tomou parte no Primeiro Congresso de História Nacional realizado em 1914, no Rio de Janeiro. Foi advogado, jurisconsulto, jornalista, poeta e jornalista etc.

BIBLIOGRAFIA
-“Reorganização Judiciária do Estado de São Paulo”, Pindamonhangaba, Tipografia “A Tribuna do Norte”, 1896;
-“Dicionário do Direito Penal”, Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1905;
-“Júri – trabalho destinado às escolas e às pessoas que desconhecem aquela instituição”, São Paulo, Tipografia Escolas Profissionais Salesianas, 1906;
-“Os Campos do Jordão, na história e na legenda”, São Paulo, 1912;
-“De D. João VI à Independência”, Rio de Janeiro, Tipografia “Jornal do Comércio”, 1915
-“Hino de Pindamonhangaba” autor da letra.

HINO DE PINDAMONHANGABA

Letra do Dr. João Marcondes de Moura Romeiro
Melodia do Maestro João Gomes de Araújo

Salve! Ó Terra querida!
Paraíso terreal,
Onde tudo tem mais vida!
Salve! Ó terra natal!

Nos corações dos teus filhos
Não se apagarão jamais,
Tradições que nos orgulham
Contadas por nossos pais.

Salve! Ó Terra querida!
Paraíso terreal,
Onde tudo tem mais vida!
Salve! Ó terra natal!

Encantadora paragem,
Linda, formosa, sem par!
Das belas plagas brasílias
O mais formoso lugar.

Salve! Ó Terra querida!
Paraíso terreal,
Onde tudo tem mais vida!
Salve! Ó terra natal!

Céu azul estrelado,
Vargens cobertas de flores;
Prados de eterna verdura;
Mil encantos, mil primores!

Salve! Ó Terra querida!
Paraíso terreal,
Onde tudo tem mais vida!
Salve! Ó terra natal!

A beijar-te o Paraíba
Em curvaturas tamanhas!
Um sol que doira a existência,
Doira vales e montanhas!

Salve! Ó Terra querida!
Paraíso terreal,
Onde tudo tem mais vida!
Salve! Ó terra natal!

Tesouro tão precioso
Das mãos de Deus recebido
Pelas mãos cruéis do tempo
Nunca será destruído.

Salve! Ó Terra querida!
Paraíso terreal,
Onde tudo tem mais vida!
Salve! Ó terra natal!

Nas ricas terras paulistas,
Todos te invejam a sorte,
Por todo o mundo aclamada
Gentil "Princesa do Norte"

Salve! Ó Terra querida!
Paraíso terreal,
Onde tudo tem mais vida!
Salve! Ó terra natal!


Poesia
Autoria do Dr. João Marcondes de Moura Romeiro


JÁ MORREU...

Tenho no quarto em que durmo
E bem junto ao leito meu,
Uma mesa que está sempre
A me dizer: já morreu…

Noite e dia, a toda hora
Nunca de mim se esqueceu,
Na sua triste mudez,
Só a dizer: Já morreu…

O marceneiro que a fez,
Muito bem, lembro-me eu,
Um antigo conhecido,
Nosso amigo: Já morreu…

Pela obra executada
Boa paga mereceu,
Quem lhe havia encomendado
Foi meu irmão: Já morreu…

Queria para presente,
E um primor lhe pareceu;
Mandou, sinal de lembrança
À nossa mãe: Já morreu…

A uma santa criatura
Finalmente pertenceu,
As roupas das criancinhas
Cosia ali: Já morreu…

Deixem ficar essa mesa
Lá, bem junto do leito meu,
Até que um dia, de mim,
Também diga: Já morreu…




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CONVITE
DIA 27 DE MAIO
DAS 9 ÀS 13 HORAS
GUARATINGUETÁ - SP


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DE 15 A 18 DE JUNHO
FLIR -
FEIRA DO LIVRO DE RESENDE

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P E N S A M E N T O                   L I T E R Á R I O

"OS LIVROS PODEM SER DIVIDOS EM DOIS GRUPOS:
-AQUELES DO MOMENTO E
-AQUELES DE SEMPRE".
PROUST
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P E N S A M E N T O
D O
D I A

"QUEM ENTRE LOBOS VIVE, NECESSIDADE TEM DE LOBO SER TAMBÉM" (?)
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