quinta-feira, 23 de setembro de 2021

DILERMANO REIS

DILERMANO REIS nasceu no dia 22 de setembro de 1916 em Guaratinguetá (SP) e morreu no dia 02 de janeiro de 1977 no Rio de Janeiro aos 60 anos e hoje comemoramos 105 anos do seu nascimento. Era filho de Benedita Vieira Reis e Francisco Santos Reis. Os rudimentos musicais do violão recebeu de seu pai, aos dez anos, e, em dois meses, já havia aprendido tudo que o seu primeiro mestre tinha a ensinar. Aos quinze anos era reconhecido como o mais completo violonista local. Com tamanho talento, a inevitável alternativa era a saída para um grande centro cultural, o que aconteceu em 1933, quando, a convite de um também violonista, Levino Albano da Conceição (1895-1955), mudou-se para o Rio de Janeiro. Deixado à própria sorte por Levino, Dilermando foi obrigado a obter o próprio sustento de aulas particulares ministradas em lojas de instrumentos musicais que mantinham professores de música como forma de atrair clientela. Nessa época começou a trabalhar na Rádio Guanabara até ser conhecido por Renato Floriano Murce (1900-1987) que o levou como solista para um programa da Rádio Transmissora. Em 1938, foi contratado como artista exclusivo da Rádio Clube do Brasil para protagonizar “Sua Majestade, o violão”, programa musical de grande sucesso. Seu primeiro disco, um 78 rotações lançado pela gravadora Colúmbia, em 1941, trazia a valsa “Noite de Lua” e o choro “Magoado”. Era o início, aos 25 anos, de uma carreira consagradora do violonista que teve por hábito, no início, gravar composições de sua própria autoria. Três anos depois, mais duas músicas gravadas, agora pela Continental, selo que o acompanharia por toda a vida: “Dança chinesa” e “Adeus pai João”. Em 1945, dois discos, e em 1946 o fato se repete com uma exceção: grava a mazurca “Adelita”, de Francisco Tárrega. O choro “Vê se te agrada”, a valsa “Dois destinos” e a polca “Araguaia” foram gravados em 1948 e a década se fecha com mais dois discos, em 1949. A década de 1950 foi consagradora. Vinte discos gravados, viagem aos Estados Unidos com apresentação na CBS de Nova York (1953) e, por influência de Juscelino Kubitschek 91902-1976), amigo e aluno de violão, assinatura de contrato com a Rádio Nacional do Rio de Janeiro (1956). Dilermando Reis, ao longo de sua carreira, gravou mais de 60 discos, solando ou acompanhando grandes vozes da era dourada do rádio brasileiro. Como solista gravou canções, guarânias, boleros, calangos, mazurcas, fox-trotes, maxixes, polcas, baiões, e especialmente valsas e choros. Interpretou Francisco Tárrega, João Pernambuco, Canhoto (Américo Jacomino), Jair Amorim, Vicente Gomes, Pixinguinha, Villa-Lobos e outros. Seu último disco, “O violão brasileiro de Dilermando Reis”, foi um Long Play, lançado em 1975, no qual interpreta doze composições de sua autoria. Por ocasião do lançamento, Aramis Millarch (1942-1992) comentou, em 05 de outubro de 1975: “Dilermando nunca procurou novos caminhos da emepebê, preferindo o estilo da década de 30. Isso, entretanto não o invalida como artista sensível, dominando o seu instrumento com uma perfeição raramente alcançada por outros artistas e, principalmente, com boas ideias como compositor dentro do seu estilo.
Durante quatro décadas seu nome foi sinônimo de violão. Dilermando cumpriu o ciclo possível no Brasil a um músico de seu tempo. Dilermando cumpriu o ciclo possível no Brasil a um músico de seu tempo. Fez o interior, a boemia, e as serestas das grandes cidades. Tocou nas lojas que vendiam partituras e instrumentos musicais. Foi artista de rádio, atração nos cassinos, formou sua própria orquestra. Compôs, gravou, ensinou".


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CONVITE:


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PENSAMENTO:

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