MEMORABILIA –
ESCRITORES VALEPARAIBANOS – XXXI
VASCO DE
CASTRO LIMA
Nasceu na Fazenda do Recreio em
Lavrinhas (SP) a 22 de dezembro de 1905, e faleceu no Rio de Janeiro em 30 de
agosto de 2004 aos 99 anos e hoje comemoramos 113 anos do seu nascimento. Era filho de Carlino Moreira de Castro Lima e
de Alice Oliveira de Castro Lima, neto do Barão de Castro Lima, bisneto da
Viscondessa de Castro Lima e Sobrinho do Conde de Moreira Lima. Foi aluno
interno do Ginásio S. Joaquim, de 1919 a 1924. Formado em Ciências e Letras,
trabalhou no escritório de Cruzeiro da Rede Mineira de Viação, de que se tornou
secretário (1930-1936). Passou-se, depois, para Belo Horizonte, onde
permaneceu, no mesmo cargo, de 1936 a 1943. Deixou, então, a Rede e ingressou
na Companhia do Vale do Rio Doce. Fez sempre jornalismo, tendo sido redator do
"Estado de Minas" e do "Diário da Tarde", redator chefe da
revista "Alteroso", redator secretário da "Gazeta de Notícias'',
etc. Poeta. O Poeta e escritor pertenceu entre outras, a Academia de Letras do
estado do Rio de janeiro, Academia Brasileira de Jornalismo, Academia
Valenciana de Letras, Academia de Letras do Vale do Paraíba, além do Grupo
Cruzeirense de Cultura, da União Brasileira de Trovadores e da Casa do poeta de
São Paulo.
Teve a satisfação de ter sido dado o
seu nome à Biblioteca de Lavrinhas.
Bibliografia: Entre muitas
obras, destacamos: Lagrimas da Alvorada (1925), Estrada de Ferro Sul de Minas
(1934), Cascata de Ilusões (1937), Inquietude (1940), Vergel do Paraíba (1962),
Correnteza (1966), A Estrada do Sonho (1979), e o Mundo Maravilhoso do Soneto
(1987).
TROVAS
Seis horas... Vem a Saudade...
Rio antigo... Praça Onze...
Os sinos, pela cidade,
choram lágrimas de bronze...
Rio antigo... Praça Onze...
Os sinos, pela cidade,
choram lágrimas de bronze...
Embora vivas cantando,
canário, tens vida triste:
- já vi lágrimas pingando
nessa vasilha de alpiste!
canário, tens vida triste:
- já vi lágrimas pingando
nessa vasilha de alpiste!
Não pode a fé ser vencida,
quando é bela e quando é forte:
tem poderes sobre a vida,
tem vitórias sobre a morte!
quando é bela e quando é forte:
tem poderes sobre a vida,
tem vitórias sobre a morte!
Dizem que os olhos não falam,
mas os teus sabem falar...
– Todas as bocas se calam
quando fala o teu olhar!
mas os teus sabem falar...
– Todas as bocas se calam
quando fala o teu olhar!
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