MEMORABILIA –
ESCRITORES VALEPARAIBANOS – XXXII
SÉRVULO GONÇALVES
Nasceu a 23 de dezembro
de 1856 em Lorena, onde faleceu a 1º de março de 1923 aos 67 anos e hoje
comemoramos 162 anos do seu nascimento. Aos 8 anos, seguiu para casa de um tio
e padrinho residente em Taubaté, fim de aprender as primeiras letras em modesto
externato. Aos 13 anos, empregou-se no comércio bastante contrariado, pois
queria estudar. Em 1875, contra a vontade dos seus, fundou, com Jorge
Rodrigues, um pequeno semanário intitulado "A juventude", em cujas
páginas ambos ensaiaram seus primeiros voos de arte. Verificando a decidida
vocação para as letras, prestou-se o tio a auxiliá-lo. Apareceu, então, um
jornal melhor, que tomou o nome de "Imprensa de Taubaté". Só o deixou
quando teve de se transferir para Sant'Ana dos Tocos, município de Rezende, no Estado
do Rio, onde foi mestre-escola, lavrador e colaborador do semanário local. Um
de seus artigos "Lede, povo", serviu de bandeira a uma eleição dessa
época, pleiteada por Nilo Peçonha. Proclamada a República, foi nomeado
Intendente da Câmara de Rezende e Inspetor de ensino, cargos que recusou, para
aceitar o de subdelegado do distrito de Sant'Ana dos Tocos. Logo após, resolveu
abandonar o posto e voltar definitivamente para sua terra natal, tendo residido
antes uns meses em Piquete. Em 1904 foi nomeado Escrivão de Paz e Oficial do Registro
Civil; cedendo mais tarde o primeiro cargo ao seu Luiz Gonçalves, ficando com o
último até a morte. Em 1904, foi nomeado escrivão de Paz e oficial do Registro
Civil; cedendo mais tarde o primeiro cargo a um filho, ficou com o último, que
exerceu até a morte. Em 1906, fundou, com outros lorenenses, o "Centro
Social Beneficente de Lorena", do qual foi sempre presidente. Nunca depôs
a pena. Escreveu sempre, colaborando em todos os jornais da terra, sendo por
isso vultosa a sua bagagem literária. No último ano de sua vida, fundou e
dirigiu uma revista literária, "A Crisálida". Poeta, contista, etc.
Bibliografia: "Cantos da montanha", versos; "Flores do
sertão", versos; "Catadupas", inédito; "Tiririca",
inédito.
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