domingo, 23 de dezembro de 2018


MEMORABILIA – ESCRITORES VALEPARAIBANOS – XXXII

SÉRVULO GONÇALVES
Nasceu a 23 de dezembro de 1856 em Lorena, onde faleceu a 1º de março de 1923 aos 67 anos e hoje comemoramos 162 anos do seu nascimento. Aos 8 anos, seguiu para casa de um tio e padrinho residente em Taubaté, fim de aprender as primeiras letras em modesto externato. Aos 13 anos, empregou-se no comércio bastante contrariado, pois queria estudar. Em 1875, contra a vontade dos seus, fundou, com Jorge Rodrigues, um pequeno semanário intitulado "A juventude", em cujas páginas ambos ensaiaram seus primeiros voos de arte. Verificando a decidida vocação para as letras, prestou-se o tio a auxiliá-lo. Apareceu, então, um jornal melhor, que tomou o nome de "Imprensa de Taubaté". Só o deixou quando teve de se transferir para Sant'Ana dos Tocos, município de Rezende, no Estado do Rio, onde foi mestre-escola, lavrador e colaborador do semanário local. Um de seus artigos "Lede, povo", serviu de bandeira a uma eleição dessa época, pleiteada por Nilo Peçonha. Proclamada a República, foi nomeado Intendente da Câmara de Rezende e Inspetor de ensino, cargos que recusou, para aceitar o de subdelegado do distrito de Sant'Ana dos Tocos. Logo após, resolveu abandonar o posto e voltar definitivamente para sua terra natal, tendo residido antes uns meses em Piquete. Em 1904 foi nomeado Escrivão de Paz e Oficial do Registro Civil; cedendo mais tarde o primeiro cargo ao seu Luiz Gonçalves, ficando com o último até a morte. Em 1904, foi nomeado escrivão de Paz e oficial do Registro Civil; cedendo mais tarde o primeiro cargo a um filho, ficou com o último, que exerceu até a morte. Em 1906, fundou, com outros lorenenses, o "Centro Social Beneficente de Lorena", do qual foi sempre presidente. Nunca depôs a pena. Escreveu sempre, colaborando em todos os jornais da terra, sendo por isso vultosa a sua bagagem literária. No último ano de sua vida, fundou e dirigiu uma revista literária, "A Crisálida". Poeta, contista, etc. Bibliografia: "Cantos da montanha", versos; "Flores do sertão", versos; "Catadupas", inédito; "Tiririca", inédito.

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