RODRIGO LOBATO
MARCONDES MACHADO era filho do Capitão Alexandre Marcondes
do Amaral Machado e de D. Maria Delfina Marcondes de Andrade, nasceu em
Pindamonhangaba a 1 de janeiro de 1844 e faleceu em São Paulo em 26 de abril de
1918 onde registramos o centenário da sua morte e hoje comemoramos 174 anos do
seu nascimento. Após os estudos das primeiras letras, em sua terra natal, e os preparatórios
necessários, matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, formando-se em
ciências jurídicas e sociais no dia 22 de novembro de 1867. Depois de formado,
regressou à sua querida cidade de nascimento, estabelecendo ali sua banca de
advogado. Dedicou-se à política, militando nas fileiras do Partido Liberal,
defendendo os seus ideais como vereador e depois como presidente da Câmara
Municipal, nos anos de 1869 e 1870. Mais tarde transferiu a sua residência e
escritório de advocacia para Taubaté, e, pela sua atividade na tribuna
jurídica, tornou-se conhecido em todo o Norte da Província. Em janeiro de 1879,
por decreto do Governo Imperial, foi nomeado presidente do Rio Grande do Norte,
conseguindo os aplausos da Província e o respeito e atenção do Governo Imperial
pela sua atitude de dirigente patriota, criterioso, econômico. Em 1880, ainda
como presidente do Rio Grande do Norte, fora eleito deputado provincial por São
Paulo, deixando então aquele governo, para ocupar o SUO tribuna parlamentar. Em
1882 foi reeleito deputado. Em 1886, pelos seus valiosos serviços de prata na Assembleia,
recebeu significativa manifestação - um rico tinteiro inteiro e ouro, com os
seguintes dizeres: "Ao dr. Rodrigo Lobato, líder da bancada liberal,
oferecem os deputados seus amigos em Homenagem a seu talento e serviços."
Em 1889, o seu nome foi lembrado para fazer porte da chapa para deputado geral.
Indicado pelo 5° distrito da Província, foi eleito em 31 de agosto daquele ano.
A "Gazeta de Notícias", órgão republicano, na época, entre outras
referências, publicou o seguinte sobre o ilustre pindense: "Deputado
provincial há dez anos e líder da bancada de São Paulo na Assembleia. E para conquistar
essa posição foi só Chegar, Falar e Vencer". Fez parte do Comissão
elaboradora da Constituição do Estado e da redação do projeto de reforma
judiciária que se converteu em Lei Estadual n° 18, de 27 de novembro de 1891. O
seu nome ficou ligado à Pátria, pela sua vida de grandes feitos. Como poeta
publicou muitas composições na "Tribuna do Norte", de sua terra. Em
um dos números desse jornal, encontramos os seguintes versos do ilustre
pindense:
REMINISCENCIAS
Como é belo na pátria
natal
o gemer da rolinha
carpindo.
Como é belo da noite o
luar
com seus raios de prato
fulgindo.
Como é belo nos matos
floridas
o gorjeio do terno
sabiá.
Corno é belo ao som do
violão
o cantar da soberba
Jaiá.
Corno é belo o sussurro
das águas
retumbando nas matas de
lá.
Corno é belo nas brenhas
espessas
o cantor do tristonho
sabiá.
Minho Pátrio, tu és a
rainha
da cidade, da vida de
lá.
E pertence-te a glória
superna
de possuir minha amante
Jaiá.
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